Maior do Nordeste e quarto do Brasil em quantidade de estabelecimentos que usam agrotóxico, o Ceará dobrou, em cinco anos, a venda de veneno e ampliou em 963,3% a venda de ingredientes ativos para os venenos. O dado faz parte de estudo coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), consta de pesquisa de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e foi extraído do Censo Agropecuário do IBGE. Então, cada novo produto é mais potente (leia-se: tóxico) que o anterior.
O problema é que embora isso reflita uma maior atividade agrícola, também representou aumento de casos de intoxicação aguda nas pessoas, em que o agrotóxico é o principal responsável.
Desde ontem, representantes do Ministério da Saúde estão em Limoeiro do Norte, onde levantamento médico e científico constatou intoxicação aguda em um de cada três trabalhadores avaliados. Irritação, dores, tonturas, depressão, sangramento, fraqueza óssea, redução de memória, câncer e até morte de trabalhadores rurais foram diagnosticados no entorno de perímetros irrigados na Chapada do Apodi.
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