sexta-feira, 7 de maio de 2010

Requerimento de Betinho Rosado convoca presidente da Cosern para audiência pública sobre tarifas no RN

Deputado Federal pede explicações sobre Reajuste Tarifário Anual deste ano por parte da concessionária de energia elétrica

Brasília (DF) – A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou ontem o requerimento feito pelo deputado Federal Betinho Rosado (DEM) onde convoca o diretor-presidente da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), José Roberto Bezerra de Medeiros, para participar de audiência pública para discutir o Reajuste Tarifário Anual de 2010. A reunião foi marcada para o dia 26 deste mês.

A justificativa apresentada por Betinho Rosado, que foi subscrito pelo deputado Federal Chico Lopes (PCdoB/CE) por este ser membro da Comissão, diz que, em abril passado, durante reunião pública, a Diretoria Colegiada da Aneel aprovou os índices do reajuste tarifário anual da Cosern, que passaram a vigorar a partir de 22 de abril. de Os índices aplicados às contas de energia foram de 8,33% para a baixa tensão e de 7,18% (em média) para a alta tensão.

Os novos valores atingem todas as cidades do Rio Grande do Norte, com cerca de 1,08 milhão de unidades consumidoras de baixa tensão e mais de 2 mil empresas e grandes consumidores da faixa de alta tensão.

O reajuste fica bem acima da inflação acumulada no último ano. A inflação do período, aferida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 4,3%. Já o IGP-M, índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas, constatou um decréscimo de 1,7% na inflação.

Na classificação das concessionárias, publicada no site da Aneel, com as tarifas atuais, a Cosern ocupa o 13º lugar entre as menores tarifas residenciais. Porém, levando em consideração o novo reajuste e nenhuma alteração nos valores das demais empresas, a concessionária potiguar cairia para o 27º lugar.

Quanto aos critérios utilizados no cálculo da tarifa cobrada ao consumidor, ressalta-se a complexidade do processo, que leva em consideração o custo da geração de energia, transmissão, distribuição, encargos e tributos. O sistema de cálculo não se configura de fácil entendimento para a sociedade.

Tal complexidade levou, dentre outras questões, à criação da CPI das tarifas de energia elétrica, da qual o deputado Betinho Rosado foi integrante. Nesse contexto, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), a metodologia de reajustes das tarifas constante nos contratos de concessão geraram prejuízos de R$ 7 bilhões aos consumidores de energia elétrica de todo o país.

Em função desses acontecimentos, a Diretoria da Aneel aprovou aditivos aos contratos de concessão, com as distribuidoras de energia, para mudar a maneira de cálculo do ajuste das tarifas. A Aneel, apesar de reconhecer que a metodologia estava inadequada, alega que não há devoluções a serem feitas, uma vez que as distribuidoras promoveram os reajustes conforme o que estava previsto em contrato. O deputado Betinho Rosado diz que a população foi lesada e a Aneel, que autorizou o aumento superlativo, é responsável pela devolução.

As novas tarifas, entretanto, segundo a Aneel, já incorporam os efeitos da nova metodologia proposta no Termo Aditivo aprovado em reunião da Diretoria da Aneel em fevereiro deste ano. Outras concessionárias de energia elétrica também foram convocadas para a audiência pública, que terá a presença do diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Nelson Hübner Moreira, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Ubiratan Aguiar, o procurador-geral do Ministério Público Federal (MPF), Roberto Monteiro Gurgel Santos, o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça (DPDC/MJ), Ricardo Morishita Wada, a coordenadora Jurídica da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Pró-Teste, Maria Inês Dolci e o presidente do Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor, Sezifredo Paz Jorge Couto.
 Fonte: Jornal O Vale do Apodi.
 
Nota do Blog:
 
Já foi possivel constatar a diferença da energia na área rural. Se já era dificil produzir devido ao alto custo da energia, imagine agora.
 
É como eu sempre digo, a coisa tá ficando cada vez mais dificl para o homem do campo.
 
Jerlandio Moreira

Um comentário:

Anônimo disse...

Não acho não!!! sabemos que o homem do campo passa por várias dificuldades, mas o governo vem investindo muita na agricultura, principalmente a dos pequenos agricultores, sei que ainda tem que melhorar mais, mas para e um pouco de ser sempre a vítima "É como eu sempre digo, a coisa tá ficando cada vez mais dificl para o homem do campo." Isso não existe mais!!!