Apodi é o segundo maior produtor de mel do Brasil
Francisco Evanio (COAFAP)
Apicultura tem sido a salvação para o homem do campo
Produção de mel dispara no Rio Grande do Norte
Depois da ganha destaque na produção de arroz, petróleo, castanha de caju, criação de caprinos e ovinos, o município de Apodi no Médio Oeste Potiguar é apontado como o segundo maior produtor de mel do país na pesquisa de Produção Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a primeira vez que o município foi citado entre os 20 maiores produtores.
De acordo com o IBGE, Apodi foi responsável por 500 toneladas das 1. 065 toneladas produzidas no estado no ano de 2008. Mas segundo a Federação de Apicultura do RN a produção potiguar não vem se destacando de hoje. Em 2007, o RN produziu 611 toneladas, o que representa um crescimento de 74,3% de um ano para o outro. E em 2009, a produção do mel no RN deve crescer ainda mais. Somente o volume exportado pelo estado entre janeiro e dezembro contabilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em estudo republicado, foi de 1.741.566 toneladas, até outubro. Durante todo o ano de 2008, foram 951.834 toneladas.
Em Apodi a atividade se organizou no por meio de cursos de capacitação oferecidos pelo SEBRAE e pela força de vontade dos mais de 500 apicultores associados na Cooperativa da Agricultura Familiar do Apodi (COAFAP), Cooperativa Potiguar de Apicultura (COOPAPI) e muitos que atuam de forma independente e comercializa sua produção de outros mercados.
No estudo do IBGE, o Rio Grande do Norte aparece como o 10º maior produtor de mel do país em 2008, uma posição acima do ranking de 2007. Entre os municípios produtores, Apodi aparece, porém, atrás apenas de Limoeiro do Norte, no Ceará, que produziu 50 toneladas a mais que o município potiguar em 2008. Picos, no Piauí, que aparecia como o principal produtor em anos anteriores, ficou na terceira colocação, com 469 toneladas.
No país, a produção de mel teve aumento de 8,8% no ano de 2008 comparativamente a 2007. Para o presidente da Federação de Apicultura do Rio Grande do Norte, Valdemar Belquior, o município de Apodi já deveria ter aparecido como um dos maiores produtores em anos anteriores.
Ele afirma que a produção de na região teve início em meados dos anos 90 e começou a se organizar em 2002, com a realização de cursos de capacitação pelo Sebrae. “A apicultura no estado começou com agricultores que começaram a produzir o mel sem saber como fazer direito, depois dessas capacitações é que eles começaram a se profissionalizar”, relata.
Belquior alerta ainda que a produção pode ser ainda maior que a contabilizada. “Boa parte da produção de mel do estado sai pelo Ceará e não há um controle”, destaca.
No Rio Grande do Norte são cerca de 6 mil produtores, sendo pelo menos 500 na região do Apodi. Outro município que se destaca na produção é Serra do Mel. O número de empregos gerados pela a atividade chega a 20 mil.
A maioria dos apicultores do estado possui de 20 a 30 colmeias. Mas hoje alguns já chegam a 100 colmeias. Um levantamento feito pela Federação de Apicultura apontou que existem no estado cerca de 80 mil colmeias. Mas, para Valdemar Belquior, existem muito mais.
RN se destaca como o sexto maior exportador do país
O Rio Grande do Norte já é o 6º maior exportador de mel do país. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, republicados, foram exportados entre janeiro e outubro deste ano 1.741.566 toneladas, um total de 6,9 milhões de reais (valor convertido do dólar a R$ 1,73). Durante o ano de 2008, foram 951.834 toneladas e R$ 3,6 milhões.
Segundo o presidente da Federação de Apicultura do Rio Grande do Norte, Valdemar Belquior, esses números foram alcançados com apenas duas empresas exportadoras, a Afical e a Mel Potiguar. “Mas os produtores do estado vendem mel para essas empresas porque elas são as únicas autorizadas a exportar”, explica.
Expansão – Por enquanto, o estado só exporta para os Estados Unidos e ainda não conquistou o mercado europeu. “Estamos fazendo um trabalho de adequação das casas de mel para aumentar as exportações”, afirma o presidente da Federação.
Os produtores potiguares também têm apostado no mercado interno, que apresenta um grande potencial. “Você não vê mais o apicultor estocando mel em casa”, destaca Belquior.
A noticia de que Apodi esta entre os maiores produtores de mel do Brasil deixa os apicultores da região otimistas com possibilidade de mais valorização do produto que é comercializado ao preço de R$ 3.00 o litro/Kg.
O presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar do Apodi (COAFAP), Francisco Evanio Nascimento, destaca que a Apicultura tem sido a salvação para o homem do campo que encontrou nessa atividade mais uma forma de garantir o sustento da família.
Os resultados alcançados pelos Apicultores apodienses têm um importante significado social, já que gera trabalho e renda para o pequeno produtor rural e garante melhoria da qualidade de vida nas comunidades.
Através do Governo do Estado os Apicultores de Apodi e Região do Médio e Alto Oeste estão ganhando um entreposto de mel que esta sendo construído nas proximidades do O IFRN - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – na Serra do Apodi. O Projeto beneficiara 17 cidades do território sertão Apodi, as cooperativas vão poder exportar mel diretamente do Apodi para vários países.
Os tipos e benefícios do mel
O sabor do mel é caracterizado de acordo com o local onde as colmeias foram instaladas. Conforme o néctar da flor, a textura, cor e sabor serão diferenciados
Além de um alimento, o mel auxilia na prevenção de várias doenças
O Brasil tem dois tipos de abelhas: africanas e europeias. Com o tempo, as duas espécies se misturaram e surgiu a abelha africanizada
O mel é colhido em duas épocas no ano: no outono e na primavera. O teor de umidade recomendado para o mel de qualidade é de 18%. O mel deve ser armazenado num local arejado e escuro, para assim evitar a fermentação do produto.O mel puro demora mais tempo para derreter na boca. Quando o mel cristaliza, se ele tiver uma cor uniforme, é porque é puro
Outra dica é colocar uma pequena colher de vinagre dentro do pote de mel. Se o produto for absorvido rapidamente, é porque existe muita umidade e o mel não deve ser puro. Mas se o vinagre demorar para ser absorvido, é porque o mel é de qualidade. O recomendado é que o mel seja consumido no período de um ano.
Mel silvestre: é feito a partir da flor do campo e das matas. É tônico, peitoral, fortificante, embelezador e auxilia no controle ao reumatismo e artritismo
Mel de mata virgem (originário de Nova Petrópolis): é produzido com a flor do arroeiro. É rico em sais minerais
Mel de eucalipto: ajuda a combater a bronquite, a tosse e asma. É expectorante
Mel de laranjeira: regulador do intestino, tranquilizante natural
Mel de angico: anti-inflamatório, expectorante e cicatrizante
2 comentários:
Pois é fiquei sabendo e fiquei feliz pela nossa conquista, mas é uma pena que a cooafap não aproveite as oportunidade qua temos nas maos, pois fiquei sabendo que o SEBRAE, queria certificar o nosso mel e a diretoria da cooafap não aceitou.. pq senhor evanio vc poderia me responder?
Agradeço amigo, é uma pena você não ter se identificado, mas mesmo assim me vejo na obrigação de respondê-lo.
Primeiro quero que saiba que estavamos no processo de discussão para a tal "Certificação", e o que avaliamos é que precisamos discutir com as famílias sobre esse modelo de selo. Sabemos que acima de tudo, isso tem um custo a ser pago e precisamos a garantia de mercado. Lembre-se também que "EU" não tenho autonomia de decidir pelos agricultores/as, nem muitos menos os demais diretores, é preciso conhecer o que é de fato esse certificado antes de nos comprometer. Estamos ainda em discussão com outros parceiros para certificação de Comercio Justo.
Obriagado e fico no aguardo para quaisquer dúvidas.
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