segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mais em fim, que movimentação foi essa hoje em Apodi?

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Sabendo que mais de 90% dos apodienses não sabem os motivos, nem mesmo o que estava ocorrendo hoje em Apodi com tantas bandeias, tantas mulheres, tantas cidades diferentes... nós do blog Marmota Apodiense, publicamos abaixo um texto  da Professora Simone Cabral, extraído de sua página do  Facebook.

Vamos lá:



‎24 Horas de Ação Feminista pelo Mundo
SomosTODASapodi

As possibilidades das mulheres do campo gerarem renda, gerenciarem a produção e decidirem sobre os investimentos que pretendem realizar dependem do acesso às políticas de apoio à produção e comercialização agrícola. E essa é uma luta cara à organização de mulheres. A mobilização contra o projeto de instalação do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi/RN, capitaneado pelo DNOCS e já conhecido como “Projeto da Morte”, é pauta de reivindicação de mulheres que resistem às condições de opressão social nessa região. 

Um Projeto como esse, extingue e aniquila qualquer possibilidade de direcionar políticas públicas à inclusão efetiva das mulheres nas atividades econômicas, através do direito a terra, do acesso ao crédito, do atendimento de suas demandas para economia local e da participação política questionadora da divisão sexual do trabalho. Não poderia ser mais oportuno que a mobilização contrária a esse Projeto seja, senão, 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos HumanosO “Projeto da Morte” representa, com toda força, uma ofensiva, principalmente, contra os direitos econômicos de agricultoras e agricultores familiares que vivem do e no campo no Território Sertão do Apodi. 

As mulheres, mais uma vez, no intuito de avivar a luta em favor da agricultura familiar, vão às ruas denunciar as condições de desumanização impostas às famílias atingidas com esse Projeto. Afinal, que futuro terão as famílias desapropriadas? Há um futuro para elas? Para a trabalhadora e o trabalhador rural, vejo um presente imediatista ao custo de uma quantia irrisória ditada e calculada pela lógica perversa e desigual do agronegócio. Expulsos da sua terra, perdem a referência com o lugar e o sentimento de pertença que matemática nenhuma é capaz de mensurar. 

 MULHERES: vontade, ação e firmeza na luta contra a violação aos direitos humanos! 



Por Simone Cabral
Via Facebook


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Conheça mais sobre esse evento:

24 horas de solidariedade feminista pelo mundo.

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