segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Botando os pontos nos "IS"...

Acabei de ler um comentário que deixaram aqui no blog. O comentário dava conta de um absurdo mais absurdo que eu já pude ter noção.

Num país que se diz crescente, em que a Educação está finalmente no rumo certo, uma barbárie nos tira do serio aqui no Rio Grande do Norte.

Ao invés de investir nos educadores, ao invés de dar incentivos para que os profissionais possam exercer com jubilo seu oficio, o governo do RN faz justamente ao contrario.

Veja essa postagem que li no blog do Professor Toinho:

Não, não se trata de uma notícia fantasiosa, os 7,15% de aumento dado pelo governo do estado na greve do inicio do ano letivo e tão ovacionado pela Direção Estadual do SINTE-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN), na realidade fez foi reduzir o salário líquido recebido por muitos professores do Estado.




Clique na imagem para ampliar e depois mais um clique para melhor visualização


Somando-se todas as vantagens e descontos, o professor Nível III Letra C, que nos emprestou esse contracheque, no mês de Maio, recebia$ 1092,71 em seus vencimentos líquidos. Depois do esperado aumento que foi negociado entre o SINTE-RN e o governo do Estado, o mesmo professor, agora em Julho, passou a receber R$ 1089,52 em seus vencimentos líquidos, ou seja, seu salário líquido, que é o que realmente interessa, fez foi reduzir após o aumento. As identificações do professor no contracheque como: Nome, matrícula, escola e senha, não estão visualizados para evitar maiores constrangimentos. Usamos os meses de Maio e Julho como exemplo, pois em Junho pagou-se 40% do décimo o que dificultaria uma ideia mais clara da situação.



Explicação para o fenômeno

A explicação é simples: O mistério está no complemento dado pelo governo em março, logo após a greve, do hilário piso nacional salarial da Educação criado no governo Lula que cada estado interpreta como bem entende. Veja o complemento no contracheque, ele é uma espécie de abono para completar o piso nacional, somando-se 32,64 + 47, 85 + 30,87 = 111,36 de abono em Maio. O glorioso aumento de 7,15% agora em Julho, incidiu somente sobre o salario base de Maio, que era de R$ 954,76 e passou a ser de R$ 1025,39 depois do aumento, no caso desse professor. Como o abono foi retirado depois do aumento, seu salário diminuiu, ou seja, O governo Wilma/Iberê deu com uma mão e tirou com a outra.


Assim como o caso desse professor, existem muitos outros casos no estado de quem já é da letra C para frente. Só quem teve um aumento melhorzinho, são os professores que estão na letra A, que estão em inicio de carreira. Os professores que tem mais tempo de serviço nesse estado estão condenados a ganhar sempre a mesma coisa.

Antes que o governo e o SINTE-RN vão para a TV fazer propaganda dessa enganação, vocês ficam sabendo que existe um estado da federação: O Rio Grande do Norte, Governador: Wilma Faria/Iberê Ferreira de Souza, onde os professores depois de um aumento tem seus salários reduzidos. Antes que lancem propagandas saibam que a realidade é essa.

Não é atoa que somos um dos lanternas da Educação nesse pais, mais que em todos os lugares, aqui tudo é um faz de contas na Educação.


Sacanagem!!!


Por
Jerlandio Moreira

3 comentários:

Professor do estado disse...

É isso ai Jerlândio obrigado por está ao lado de uma classe tão sem valor que é a dos profissionais da educação. Seu conceito aumetou comigo. Obrigado.

professora, vou sair desse singov disse...

o pior de tudo isso,é que pagamos um sindicato,que faz o jogo do governo,ficando para a gente só a obrigação de pagar a mensalidade sindical,gente ser sindicalista nesse pais,na maioria das vezes é sinal de sobrevivencia politica e nada mais,para onde vai o respeito a categoria sinte rn.

Professora Irene disse...

Agora para você ter uma idéias Jerlândio: É por que esseé um ano eleitoral. Imaginem o que irá acontecer aos professores do estado qundo passar as eleições?