“Educação não é mercadoria” foi a palavra de ordem dos estudantes natalenses, nesta quarta-feira, na Câmara Municipal de Natal, em defesa da democratização do acesso à universidade pública. Com a galeria lotada de estudantes mobilizados pela UBES, foi realizada audiência para discussão do argumento de inclusão, convocada pelo Vereador Luís Carlos.
Pedro Henrique, Vice-presidente da UMES, comemorou a presença dos estudantes. “A aula de hoje foi nas ruas, mostramos à sociedade que o debate não é entre os estudantes de escolas privadas contra os estudantes de escolas públicas, mas de opção sobre o tipo de sociedade que nós queremos construir. Demos uma grande demonstração de força, enfrentando o debate com qualidade, entusiasmo e voltado à construção de uma nova nação”, afirmou.
O Tesoureiro Geral da UBES, Rafael Clabonde, que compôs a mesa, ressaltou que foi a UBES a primeira entidade a aprovar, em seus fóruns, o tema da reserva de de vagas. Segundo ele, “Durante a década de 90, enfrentamos o discurso conservador daqueles que querem ver do ensino superior público um espaço privilegiado. Nossa lógica é outra, democratizar o acesso”.
A cada fala, os estudantes presentes à galeria levantavam as bandeiras da UBES defendendo as palavras de ordem pela reserva de vagas e contra os tubarões de ensino, que iniciaram uma nova jornada contra o argumento de inclusão. O Diretor Regional da UNE, Ramon Alves, comentou que os cursinhos privados saíram derrotados do debate. Ele disse que “ficou clara a superficialidade dos argumentos levantados pelos poucos estudantes que foram contra o argumento de inclusão. Enquanto eles caminhavam pelo viés fisiológico, nós demarcamos nossa posição de que o objetivo é incluir o povo brasileiro no ensino superior público”.
A UBES e a UNE realizarão em Natal, no dia 30 de março, jornada de lutas por 10% do PIB pra educação e em defesa de 50% da vagas, nas universidades públicas, para estudantes de escolas públicas. Clabonde, da UBES, convocou todos os estudantes presentes a participar. “Vamos abandonar o discurso hipócrita daqueles que atacam a reserva de vagas pela melhoria da qualidade da educação. Não há conflito e convocamos todos a pavimentar os caminhos que nos levarão à verdadeira democratização”, convocou.
Nota do Marmota: Bem que Apodi poderia fazer um movimento desses, estudantes unidos pela democratização da educação superior, e quem sabe agente conquistasse ao menos o direito de ter respostas aos nossos questionamentos. Pena que Apodi coloca os interesses politicos individualistas em primeiro lugar.
Pena que a única organização de estudantes de nível superior que temos em Apodi está frontalmente ligada à aqueles que nos negam o supremo direito de um futuro promissor, aos políticos, isso tudo por causa de barganhas.
E o pior de tudo ainda, é que a própria classe universitária e os estudantes de nível técnico, que são fortemente agredidos, ao invés de se organizarem na luta, acovardam-se pelo simples medo de lutar, se escondem e temem que alguém ao menos tenha coragem de gritar, como se os opressores estivessem nos fazendo um grande favor.
Para onde caminha Apodi?
Governada por politicas arcaicas e cheia de jovens covardes, que se escondem e se acomodam pelo simples medo de afrontar aqueles que estão nos oprimindo.
Nosso futuro é escuro, e certamente será cheio de arrependimentos.
Por Jerlândio Moreira
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