quinta-feira, 10 de março de 2011

Pela vitória da Juventude Brasileira na Educação e no Esporte‏

Por Emival Dalat* 

A história e a legitimidade social da UNE se construiu nas lutas e nas mobilizações. Com o atual Governo não será diferente. A presidenta Dilma anunciou em seus primeiros discursos que irá tratar a educação como prioridade em nosso país. Esta afirmação nos entusiasma, mas também nos faz ter certeza de que a UNE seguirá tendo papel decisivo nas mobilizações sociais para avançarmos nas conquistas para os estudantes brasileiros, e mais do que isto, em direitos para toda a juventude.

Os estudantes brasileiros estarão em permanente vigília para fazer valer o slogan deste novo Governo de que “País rico é País sem pobreza”. Somente com educação pública garantida como direito para todos e com políticas públicas emancipatórias para a juventude atingiremos a meta de erradicar a pobreza em nosso país.

Uma política fundamental para a juventude é o acesso e o incentivo à prática esportiva. A UNE tem uma avaliação bastante positiva de sua primeira experiência de inclusão de atividades esportivas na sua VII BIENAL de Arte e Cultura, realizada em janeiro deste ano, na cidade do Rio de Janeiro.

Essa experiência foi acertada e vitoriosa porque possibilitou uma maior integração, participação e envolvimento das delegações estudantis nas atividades da Bienal, e mais ainda porque explicitou a compreensão de nossa gloriosa entidade de que as políticas educacionais devem estar integradas às demais políticas para a juventude, e caminhando na mesma direção. O que significa dizer que, assim como defendemos uma educação potencialmente transformadora, de conhecimento e respeito da diversidade das sociedades e culturas, que sirva para a formação cidadã do estudante, em contraposição a uma educação meramente preparatória para a competição individualista de acesso ao mercado de trabalho, Defendemos que uma política pública de esportes de massa deve seguir esses princípios.

O esporte traz consigo a possibilidade de inclusão social e de um diálogo entre a diversidade regional e cultural de nosso país. E foi exatamente isto que vimos se concretizar na realização da arena de esportes na última Bienal. Mais do que ganhar medalhas e troféus, os estudantes ali presentes conquistaram a integração e o diálogo entre os diferentes estados e universidades. Ao lado dos estudantes, contamos também com a participação da diversidade da juventude carioca, especialmente das comunidades pacificadas, principalmente nas atividades de skate, hip-hop e batalhas de bi-boys.

Experiências como essas devem ser realizadas mais vezes, e também pelos DCEs e CAs das universidades. Entretanto, temos a tarefa de defesa de uma política esportiva para os esportes de alto rendimento como, por exemplo, o projeto de busca de talentos nas escolas de bairros e a ampliação de centros olímpicos universitários como forma de incentivo para práticas esportivas nos bairros. Com ações como essas, podemos chegar nas Olimpíadas de 2016 com o maior índice de medalhas que o Brasil já almejou.

Desde 2003, tivemos avanços significativos. O Governo Federal, por meio do Ministério dos Esportes, investiu quase R$3 bilhões em quadras, ginásios, estádios, complexos esportivos, campos de futebol, pistas de atletismo e Praças da Juventude, entre outros. No período, o Programa Segundo Tempo realizou quase 4 milhões de atendimentos a crianças e adolescentes nas escolas. Para atletas de alto rendimento, foram concedidas mais de 10 mil bolsas. Além disso, os projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte ampliaram a prática esportiva em nosso país. Já foram mais de R$ 1 bilhão distribuídos para projetos de esporte educacional, esportes de participação e esportes de rendimento.

Mas ainda precisam aumentar os recursos e a centralidade destas políticas na agenda nacional para garantirmos acesso ao esporte e educação pública para toda a juventude. Além disso, propomos que a UNE, DCEs e CAs estejam cada vez mais envolvidos em atividades junto às atléticas, inclusive convidando-as para construção em parceria da próxima Bienal. Atividades com caráter de unidade entre as diversas entidades existentes nas universidades já são realizadas em diversas IES e se mostraram bastante positivas, além de determinantes para pressão junto ao Governo por melhores condições para a prática esportiva universitária.

O esporte terá ainda mais papel de destaque nos próximos anos no Brasil. Seremos sede das Olimpíadas de 2016 e da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. O número de voluntários previsto a serem selecionados no programa oficial para a Copa ficará em torno de 15 mil a 20 mil, e a estimativa é de que a procura seja superior a 80 mil candidatos. Reivindicamos que a UNE tenha assentos no Comitê Organizador Nacional que irá fazer esta seleção e preparação dos voluntários, assim como toda discussão da construção destes dois mega-eventos esportivos.

O pontapé de partida das ações da UNE esse ano já foi dado no CONEB e na Bienal. Nos próximos dias, estudantes de norte a sul do Brasil tomarão as ruas com a Jornada de Lutas por 10% do PIB e 50% do fundo do pré-sal para a Educação. A juventude brasileira suará a camisa nessa jogada, com a esperança de que sairemos vitoriosos!

Emival Dalat é Diretor de Desporto Universitário da UNE. Siga-o no Twitter!

Um comentário:

Unknown disse...

Amigo Jerlândio, gostaria de pedir-lhe um grande favor, estou divulgando as aulas do 100% COncursos ProIFRN, se puder colar a matéria no www.lcsax.blogspot.com
e postar em seu magnífico espaço, ficar-lhe-ei muito grato.
Atenciosamente,
Prof. L.C.Sax