quarta-feira, 26 de maio de 2010

POLÍTICA


Dilma propõe reduzir encargos das empresas para aumentar empregos

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu ontem, pela primeira vez, a redução dos encargos das empresas na folha de pagamento dos trabalhadores, como forma de incentivar a geração de empregos, reduzir a informalidade e melhorar o ambiente de negócios no país. De acordo com a petista, a desoneração das empresas terá que ser parcialmente assumida pelo Tesouro Nacional, para reduzir o impacto dessa medida sobre as contas da Previdência Social.



“Eu considero que a questão da desoneração da folha de salários é um elemento fundamental. A desoneração da folha de salários significa desonerar a parte patronal. Nós tínhamos proposto esta desoneração em torno de 20% para 15%. Eu acredito que ela não é só necessária, como é possível, inclusive conceber o seguinte: num determinado momento, o Tesouro vai ter que arcar com a diferença, porque senão quebra a Previdência. Mas a gente pode conceber que uma desoneração desse tipo vai permitir que haja um aumento no processo arrecadatório, na medida que você vai incentivar a formalização”.



Em sabatina e entrevista na sede da Confederação Nacional da Indústria, Dilma também qualificou como caótico o sistema tributário, que empata a competitividade do país, e reafirmou a necessidade de uma reforma ampla, “feita de forma simultânea com ações pontuais”, algumas delas a serem adotadas rapidamente “porque, senão, gastamos uma energia excessiva e não fazemos nenhuma coisa nem outra”.



Essas duas posições de Dilma em favor da desoneração da folha de pagamento das empresas e da celerida de nas mudanças no sistema tributário constituíram as principais novidades propostas aos empresários, reunidos pela CNI, no segundo evento de que participaram os três pré-candidatos à Presidência Dilma, José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). No início do mês, eles se encontraram em debate promovido pela Associação Mineira de Municípios.



As declarações aos empresários e aos jornalistas foram marcadas também pelo que o noticiário online de ontem e os jornais de hoje chamam de comportamento mais agressivo do tucano José Serra contra o Governo Lula e contra Dilma. Em geral, a agressividade de Serra foi e está sendo caracterizada como reação aos recentes resultados das pesquisas eleitorais, desfavoráveis à sua candidatura pela estagnação ou pela queda dos índices de intenção de voto. O representante das oposições voltou a acusar o Governo Lula de lotear e inchar a máquina federal provocando deficiências de gestão e falta de infra-estrutura; de não planejar, de fazer investimentos irrisórios e de submeter o país às mais altas taxas de juros do mundo.



Fonte: Brasil Confidencial





 

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