terça-feira, 3 de abril de 2012

As condições atmosféricas abriram uma "janela" mais favorável à ocorrência de chuvas no sertão do Rio Grande do Norte.


A previsão é do meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot. As chuvas devem chegar nos próximos dias renovando a esperança dos agricultores, muitos dos quais já iniciaram o plantio e estão temendo perder a produção por causa da estiagem prolongada e dos veranicos. 

As imagens de satélite mostram que a Zona de Convergência Intertropical, principal indutor das chuvas no semiárido nordestino, até já chegou ao continente, mas a pressão atmosférica em altos níveis impediu a formação de Cumulus Nimbus - nuvens espessas e escuras que se situam a menos de dois quilômetros de altura e geralmente terminam em chuvas de boa intensidade.

"As condições são mais propícias agora", garante Bristot. Os meteorologistas mantém a previsão de inverno com a seguinte probabilidade: normal (40%), acima da normal (25%) e abaixo da normal (35%). No entanto, eles não descartam a ocorrência de situações extremas: chuvas intensas, com possibilidade de alagamentos e inundações em alguns locais num determinado período, e veranicos, períodos de uma ou duas semanas sem chuva, nas regiões com menores índices pluviométricos. De acordo com as análises da Emparn, a região com menor nível de preocupação é a Central, na faixa de Lajes até o Seridó. 

No final de semana, a Emparn registou chuvas de pequena intensidade em apenas nove postos de monitoramento, dos quais oito na região litorânea, onde o inverno tradicionalmente começa na segunda quinzena de maio. A maior delas foi em Parnamirim: 13,6 milímetros. 

Os municípios com maior volume de chuvas entre 1º de janeiro e 2 de abril são os seguintes: Viçosa e Martins 432 milímetros; Rafael Fernandes 409 mm, Portalegre 335 mm, Coronel João Pessoa e São Gonçalo do Amarante 333 mm, Tenente Ananias 310 mm e Janduís 306 mm.

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