sexta-feira, 8 de abril de 2011

Resposta de Jerlândio Moreira ao comentário de um leitor universitário!

Caro amigo “Leitor Universitário”, fiquei muito contente com sua postagem, grato, sinceramente, fiquei de verdade muito feliz, há tempos que aguardo algum tipo de argumentação que difere da minha em relação a tal temática. Explicarei por partes, conforme seu comentário, por isso peço que leia atentamente.

“Leitor Universitário” disse: O nobre blogueiro não conheçe as lutas, esse constantemente não existe, procure a associação e você saberá da realidade. As prestações de conta são mensais!

Eu digo: Caro “Leitor Universitário”, certamente vossa senhoria não me conhece mesmo. Amigo, costumo tratar dos assuntos embasados em experiências vividas, em conhecimentos prévios, de forma responsável e educada, e pode crer, não conheço nenhuma prestação de contas da referida entidade, e creio que pouquíssimas pessoas tem conhecimento de tal fato, que você mesmo diz ser realidade mensal. Lhe afirmo, fui universitário de Mossoró e por quase dois períodos nunca ouvi sequer falar em prestações de contas, aliás, era uma das minhas maiores brigas dentro do ônibus, e pode crer a maioria dos que lá estavam concordavam com o que discutíamos. Por tanto, se de fato existe, acredito que é de uma forma muito resumida o que a torna irregular.

No entanto, democrático como sou, a situação poderá ser esclarecida facilmente, basta apresentar a documentação referente às tais prestações de contas, tipo, ata, livro de caixa e etc. Acredito que isso não será nenhum problema, já que vossa senhoria afirma que as prestações de contas existem e são mensais.

“Leitor Universitário” disse: Faz um bom tempo que sou universitário . . . Toda reunião é assim... poucos aparecem. A minoria que vai trabalha em lojas e empresas, só podem ir no sábado a noite! Não é desculpa! Quantas reuniões você participou Gerlândio? Você é universitário?

Eu digo: Caro “Leitor Universitário”, sei como é a vida de associativismo, as dificuldades de participar de uma reunião, de um encontro ou algo desse tipo, afinal, posso me considerar especialista nessa área, sei da ocupação das pessoas, e sei da importância que essas atribuem a organização social, de fato, poucos aparecem não  é por causa do horário, do local ou algo parecido, elas não aparecem por não darem nenhum valor a esse tipo de iniciativa.

Porém continuo afirmando, que a ausência de pessoas não pode ser atribuída simplesmente ao fato de que elas não querem participar, descartando dessa forma a hipótese de outras pessoas participarem.

Sobre o fato de minha participação, lhe afirmo meu caro, não sou Mãe Diná, não tenho Bola de Cristal e nem tenho ainda o poder de adivinhar. Lhe garanto que se fosse de meu conhecimento, estaria participando sim, se houvesse divulgação, avisos e editais, como reza o estatuto social dessa entidade, eu certamente estaria presente. Se não fosse assim, eu não estaria questionando aqui.

E sobre o fato de eu ser universitário, deixo a sua disposição, meu caro, não vejo necessidades de lhe responder isso, afinal isso não é o foco da minha discussão, não é pessoal!

“Leitor Universitário” disse: Convido o amigo para que de forma voluntária venha mudar e fazer parte da AENTS, se voce for estudante essa luta também é sua, só lembrando que é por amor... não é remunerado!!

Eu digo: Hipocrisia meu jovem não faz parte de meu dicionário. Você não tem conhecimento do que fala, remuneração é aquilo que ganhamos em conhecimentos quanto se trata da verdadeira luta. Estar na luta, não significa estar à frente, ou ser um diretor remunerado ou não, ‘fazer parte’ significa que aquilo que pensamos e acreditamos será respeitado e levado em consideração mesmo quando não somos diretores ou presidentes.

Eu sei que a luta também é minha, e é justamente por saber disso, que estou expondo meus questionamentos, é por ser parte, inclusive como contribuinte mensal, que exijo explicações daquilo que estou contribuindo para acontecer.

Não se faz lutas sociais por amor, meu jovem, isso é muito subjetivo, se faz luta social pela vivência, pela causa, pela dor, pela razão, pela esperança, pelo sonho e pelo medo.

O amor pela luta social, só terá sentido de fato, quando se unem em doses reguladas aos outros sentimentos que acabei de falar. Falo isso por experiência própria, fui formado a ferro e fogo nesse quesito.

Não existe remuneração capaz de pagar o sentimento de um verdadeiro lutador, de um verdadeiro sonhador, de um líder de verdade. Pois se assim o fosse, o Planalto, o Congresso, as Câmaras de vereadores e as Prefeituras estariam governados por nossos verdadeiros líderes. E de fato não são.

“Leitor Universitário” disse: Só uma coisa, não faço parte da diretoria, sou um simples filho de agricultor (comedor de feijão), sou apolitico.

Eu digo: De todos os seus questionamentos, o que mais me deixou triste foi sua última frase. Cara, você disse que não faz parte da diretoria, algo que não acredito, e ainda se intitula como um simples “agricultor comedor de feijão”, como se isso não lhe propusesse a tal dignidade de argumentar.

Meu jovem, há tempos que o agricultor deixou de comer o simples feijão para ter em sua mesa fartura e muita variedade. Ser agricultor não o impede de ser formador de opinião, não o impede de ser critico, de concordar ou discordar determinados assuntos, ser agricultor não o incapacita ninguém.

Eu também sou agricultor, e me orgulho muito disso. Moro na zona rural, mas nem por isso deixo de gozar das proezas que a tecnologia nos oferece, pois mesmo morando aqui no Sítio tenho Notebook, internet, celular, moto, uma casa bacana pra morar e muito mais.

Sou agricultor, filho de agricultor, e nem por isso deixo de expor minhas opiniões onde quer que eu esteja e onde quer que eu vá.

Outro fato que me deixou triste ainda, é que você não se identificou, usou o anonimato para expor seu pensamento, o que me vem a perguntar o por quê?

Tem medo de que?

Por que não faz igual a mim, se expõe, opina sem medo de opressão, sem o medo da argumentação contraria.

Acho uma covardia quando alguém esconde sua cara para contra argumentar  com outra pessoa, quando incita alguém, quando subestima alguém. Agindo assim, escondido, não está fazendo o papel de alguém que se diz interessado em construir o verdadeiro debate, construtivo e qualificado.

Eu não tenho medo do debate, me acho super-preparado para discutir dias a fio, porém não o farei com alguém que se acovarda pelo medo da exposição, e se acha no direito de afrontar e depor aqueles que botam a cara a tapa, que tem coragem de dizer o que pensam.

E sobre o fato de você ser apolítico, só tenho a lamentar que vossa senhoria não tenha conhecimento de tal significado, pois sua argumentação o caracteriza um ser político e acredito que essa potencialidade devia ser valorizada, respeitada e estruturada por você, e não suprimida como você quis fazer
 
Me desculpe meu jovem, mas é isso que eu acredito, e é isso que procuro viver, quer você queira ou não.
Se estiver interessado em continuar o debate, estou disponibilizando meu contato, fique a vontade.

Obrigado.


Jerlândio Moreira
Sítio Bamburral
084 9113 8132
Editor do Blog Marmota Apodiense.

3 comentários:

Cléa Morais disse...

Parabenizo vc Jerlândio por valorizar todas as profissões, uma vez q todas são dignas desde q honestas e por incentivar os leitores a assumirem uma identidade,uma vez que a maioria das opiniões postadas nos blogs de Apodi estão mascaradas pelo anonimato.

Caubí Torres disse...

ô menino danado esse Jerlândio. Caba da peste mesmo. Só pode é ser meu ex aluno. rsrsr. Valeu amigo. Parabéns pela coragem de dizer o que pensa com sinceridade.

Profª Mônica Freitas disse...

Parabéns...não conheço, mas lendo suas postagens, vejo que, somente por abrir espaço ao debate democrático já vale 10 pra você. Indepedente da opinião defendida. Quanto a esta, sem comnetários rapaz. E o que mais me chamou a atenção foi a questão do "apolítico". Sinceramente, não existe este ser "apolítico" quando se trata de organização social.

Profª Mônica Freitas