Gilberto mostra como segurou a corda para
resgatar dona Ilair (Foto: Glauco Araújo/G1)
resgatar dona Ilair (Foto: Glauco Araújo/G1)
Na manhã de quarta-feira (12), uma atitude de coragem e solidariedade marcou positivamente a tragédia das chuvas em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Um dos responsáveis por resgatar dona Ilair Pereira de Souza, 53 anos, que estava em uma casa prestes a desmoronar é o vidraceiro Gilberto Branco Faraco, 23 anos. Ele e Daniel Lopes aparecem nas imagens que correram o mundo e foram exibidas no site do jornal "The New York Times" e na rede de TV CNN, entre outros.
O resgate
No vídeo, Daniel aparece de camiseta amarela. Gilberto aparece nos instantes finais, de camiseta branca. Ele está recolhido na casa de um tio, em Queiroz, e quer evitar dar entrevistas para tentar apagar a imagem de que tenha sido um herói, mas concordou em falar ao G1 sobre o salvamento. O jovem revelou a sensação de resgatar uma pessoa em meio a tantas mortes provocadas pela enxurrada daquela fatídica quarta-feira.
“Não sou herói. Herói não existe. Foi coisa de Deus mesmo. O herói foi ‘Ele’. A gente só foi a ferramenta usada por ‘Ele’”.
Gilberto reencontrou dona Ilair na tarde desta sexta-feira (14), quando voltou ao apartamento onde morava para pegar alguns objetos pessoais. “Ela me agradeceu muito, mas o que vale mesmo é que pudemos ajudar uma pessoa. Estamos aqui para isso. Foi tudo muito rápido. Tudo conspirou para dar certo. Quando a reencontrei, fiquei feliz porque vi que ela tinha voltado a sorrir.”
O vidraceiro disse que só teve tempo de ouvir o pedido de socorro de Ilair. “Ela estava sob o telhado e não tinha como vermos onde ela estava ao certo. Pegamos a primeira corda, com uma cadeirinha de pintor, daquelas usadas em escalada, e jogamos, mas a cadeirinha ficou presa. Corremos para pegar uma segunda corda, que segurava o andaime e jogamos para ela. Eu tentei umas três vezes e o Daniel outras três vezes até acertarmos onde ela estava.”
O vidraceiro disse que só teve tempo de ouvir o pedido de socorro de Ilair. “Ela estava sob o telhado e não tinha como vermos onde ela estava ao certo. Pegamos a primeira corda, com uma cadeirinha de pintor, daquelas usadas em escalada, e jogamos, mas a cadeirinha ficou presa. Corremos para pegar uma segunda corda, que segurava o andaime e jogamos para ela. Eu tentei umas três vezes e o Daniel outras três vezes até acertarmos onde ela estava.”
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