Estudo alerta que produção de lixo cresce mais do que coleta e reciclagem
O brasileiro já produz a mesma quantidade de lixo que o europeu. A melhoria do poder de compra dos brasileiros está fazendo com que a população produza cada vez mais lixo inorgânico, como embalagens, ao mesmo tempo em que a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida. Os dados fazem parte do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, realizado em 364 municípios pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
"Alcançamos um padrão europeu de geração de resíduos e estamos nos aproximando dos americanos (2,8 kg por habitante/dia), sem alcançarmos o mesmo grau de desenvolvimento desses países", observou Carlos Roberto da Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
A média de geração de lixo no Brasil é superior a 1,1 quilos por habitante ao dia, padrão próximo aos dos países da União Européia – 1,2 quilos. Nas grandes capitais, esse volume cresce ainda mais: Brasília é a campeã, seguida por Rio e São Paulo. Além disso, o estudo da Abrelpe informa que o volume de lixo cresceu 7,7% em 2009, comparado ao de 2008. A produção nacional de lixo aumentou de 169 mil toneladas/dia para 182 mil.
Ainda de acordo com o levantamento, 56,8% desse lixo vão para aterros sanitários, 23,9% para aterros controlados (que não possuem tratamento de chorume) e 19,3% terminam em lixões. Os aterros das grandes cidades, adverte o estudo, caminham para a saturação.
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