terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Apodi sediara Audiência Publica para discutir os Estudos Ambientais do Projeto de Irrigação da Barragem de Santa Cruz




Representantes de vários segmentos da sociedade organizada apodiense vão participar na manha desta quarta-feira (16) na Casa da Cultura Popular de Apodi, Escritor Walter de Brito Guerra, de uma Audiência Publica para discutir os Estudos Ambientais do Projeto de Irrigação da Barragem de Santa Cruz para a Chapada do Apodi que acontece as 09h00min da manha.

A organização da Audiência Pública ficou com a Prefeitura do Apodi via Secretaria de Agricultura e Irrigação que já enviou convite para cerca de 200 representantes de entidades e autoridades do município e região.

Além das autoridades de Apodi a Audiência Pública ainda contara com a presença de diretores e engenheiros do Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA), e o diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Elias Fernandes Neto, Ministério Público, prefeita Goreti Silveira Pinto dentre outras autoridades.

As obras do projeto de irrigação das terras da Chapada do Apodi estão caminhando para se tornar realidade. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que está em fase de conclusão e será apresentado durante a audiência que acontece nesta terça-feira em Apodi.

A previsão é que as obras de implantação do Projeto de Irrigação de Santa Cruz sejam iniciadas no primeiro semestre de 2010. Essa obra será bancada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, terá três mil hectares em sua primeira etapa, com recursos programados no valor de R$ 150 milhões.

O projeto foi viabilizado com a construção da barragem Santa Cruz, garantindo o fornecimento de água para o empreendimento que aproveitará solos de elevado potencial para a agricultura irrigada, devendo proporcionar a oferta de produtos agrícolas de alto valor agregado e a geração de 10 mil empregos, entre diretos e indiretos.

A obra foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo Governo Federal, atendendo pleitos do senador Garibaldi Alves Filho e deputado federal Henrique Eduardo Alves, que trataram do importante projeto diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a realização da primeira etapa do projeto de irrigação serão garantidos dez mil empregos diretos, número que garantirá o início da redenção econômica de toda a região da Chapada do Apodi.

A barragem de Santa Cruz terminou de ser construída em dezembro de 2001 e foi inaugurada dia 11 de março de 2002. Só perde em tamanho para a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Assú. A barragem foi construída em parceria entre os Governos do Estado e Federal e conta com uma capacidade de reserva da ordem de 600 milhões de metros cúbicos que contam com um potencial de irrigação de 9.236 hectares na Chapada do Apodi e capacidade de impulsionar a fruticultura irrigada no Vale do Apodi.

A prefeita de Apodi, Goreti Pinto, esta bastante otimista com a inclusão do projeto de irrigação das terras apodienses no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para a edição de 2009. "Graças ao apoio do nosso senador Garibaldi, deputado Henrique Alves, a nossa Chapada do Apodi se transformará em um celeiro de oportunidades para os nossos produtores rurais", comemora Goreti Pinto, que sempre tem viajado a Brasília e em busca de recursos federais e cobrado empenho da bancada federal.

O Projeto de Irrigação das terras da Chapada do Apodi foi uma das promessas de campanha de Goreti Pinto. A prefeita sempre viu no projeto uma saída para o combate ao desemprego em seu município.

Fonte: ASCOM APODI


NOTA DO BLOG:


É desde muito tempo a nossa querida e amada Barragem tem sido o berço eleitoral do município de Apodi, afinal nossa população advém 80% da zona rural, que sobrevivem da pequena agricultura. O sonho de ter água em abundancia nos terrenos áridos do nordeste tem repassado sobre varias gerações, e é ai onde está o verdadeiro problema, nessa fraqueza da população rural, que vendem seus sonhos por um projeto utópico.

Seria realmente muito bom se esse projeto viesse ao homem do campo, que produz de forma sadia e responsável. Mas todos nós sabemos que isso é mais um elefante branco, desvio de recursos e uma obra de má qualidade, mal planejada e sem nenhum fundamento lógico.

Bombear água até a chapada do Apodi, a meu grosso modo de ver, deterá um alto custo energético, por tanto inviável para o pequeno agricultor, que verá a água passar pelos arredores de sua propriedade, mas não terá acesso, como sempre.

Todos nós já assistimos esse filme antes, no Vale do Assu, no Cabeça Preta e entre outros projetos similares ao nosso aqui. Teremos grandes proprietários investindo no Agronegócio e escravizando a mão de obra camponesa que venderão suas terras a preço de banana, em detrimento de um emprego (FEUDALISMO), de carteira assinada, que mal dá para sua sobrevivência, sem contar é claro que surgira o famoso Êxodo Rural, inchando nossa cidade que estará sem condições de receber esses moradores.

As férteis terras da chapada do Apodi, serão destruídas pelo uso constante de AGROTOXICOS e grandes maquinários, desmatadas a alto nível, elevando cada vez mais a temperatura daquela região, e por fim tornando-se improdutiva e, claro, desértica.

Alguns podem até achar que eu esteja exagerando, mas podem gravar essas minhas palavras, porque se aqui for diferente, é sinal que o mundo mudou de verdade...

Decididamente sou contra o projeto de irrigação da Chapada do Apodi, pois há varias famílias vivendo as margens da Barragem de Santa Cruz que não tem acesso a água nela armazenada.

Há no vale muitas famílias e quase o triplo dos que vivem na Chapada, que não tem água em suas propriedades.

Seria injusto levar água para um nível muito alto e deixar os agricultores do Vale sem acesso, sem falar que já está em andamento uma adutora que levara a água para mais de 27 cidades do oeste, enquanto famílias passam sede ao pé da Barragem.

É uma discussão que é preciso ouvir vários segmentos da sociedade, não só essas tais autoridades.

É preciso uma consulta popular, para que sejam legítimas as decisões que serão tomadas.



Digo e repito, sou contra, e serei a favor se o projeto partir da população e que não tenhamos que ‘engolir’, como este veio.



Jerlandio Moreira.

Um comentário:

Anônimo disse...

Genial dispatch and this mail helped me alot in my college assignement. Thanks you as your information.